terça-feira, 2 de junho de 2015

MESMA CONDENAÇÃO...


Estamos todos debaixo da mesma condenação

20/08/2014 / JOSUEMERICK



Mateus e Marcos, quando escrevem sobre a crucificação de Jesus, afirmam que ambos malfeitores que O ladeavam zombavam d’Ele. Porém Lucas acrescenta detalhes importantes quando mostra que, enquanto o primeiro continua zombando, o segundo, em dado momento, muda de atitude quanto a Jesus e faz uma admoestação ao primeiro, nos seguintes termos:


“Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez.”


(Lucas 23:40, 41)


Veja bem, observe o que diz o primeiro ladrão: Ele afronta Jesus e desafia o Mestre a descer da cruz e a tirá-lo também da sua. Não é um pedido humilde, um clamor sincero, mas uma provocação, uma zombaria que ecoa os brados da multidão. Note aqui: Jesus nada lhe respondeu.


O segundo malfeitor fazia o mesmo, até que cai em si e muda de atitude. É AQUI que eu me enxergo, caro leitor. Não sou um “bom ladrão”. Desde o meu nascimento não fiz outra coisa senão afrontar Aquele que me amou, desafiando Seus preceitos e duvidando de Seu poder. E se em algum momento anterior me voltei para Ele foi para provocar-Lhe, pedindo socorros apenas para esta vida. Queria sair de meus apertos para continuar minha vida de pecados. Porém, a Sua luz brilhou, iluminando repentinamente as trevas da minha rebeldia e me fazendo entender que eu precisava mudar.


Claro que essa mudança não me autoriza a julgar meu semelhante, afinal “todos pecaram”, afirmou o apóstolo Paulo aos Romanos (cap. 3:23). E pergunta, na mesma carta: “Mas tu, por que julgas teu irmão?” (Rom. 14:10). “Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha” (I Coríntios 4:5).


Estou debaixo da “mesma condenação”. Minha única esperança é que o Salvador se lembre de mim.


Mas isso não me impede de dizer a todos uma palavra de admoestação: É preciso temer a Deus. Ele é justo e nossos castigos merecidos. É preciso reconhecer que o Senhor Jesus é Santo, é puro e que o mal não é ideia d’Ele.


O malfeitor arrependido, como que ouvindo o conselho do apóstolo Paulo (Tito 3:10, 11) deixa de lidar com o homem para lidar com Deus: “lembra-te de mim”, diz a Jesus, com toda a dificuldade que a crucificação lhe impõe, investindo o que lhe restava de fôlego com aquilo que realmente iria determinar seu futuro. Note agora aqui: A este Jesus responde…


À Igreja de hoje não cabe o papel de julgar a quem quer que seja. Estamos todos debaixo da mesma condenação. Iremos, sim, admoestar aos homens que façam o que fizemos: que mudem de atitude. Mas, sobretudo, iremos gastar até o último fôlego dizendo ao Salvador: LEMBRA-TE DE MIM.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada.