O
que parecia improvável aconteceu e logo com a ICM que como precedente
histórico fincou o marco da primeira intervenção do Estado numa
instituição religiosa do país.
Por Silvio Costa | Seara News
Não tenho procuração da Igreja Cristã Maranata (neste artigo também
referido pelo acrônimo de ICM) para defendê-la ou representá-la e muito
menos sou a voz oficial dos evangélicos, mas não dá pra aceitar como
cidadão brasileiro e cristão protestante num país que se diz laico o que
fizeram com a Maranata. Foi um ultraje inconstitucional alicerçado ao
que parece sobre uma raiva maligna propalada por um tipo sórdido de
jornalismo sensacionalista e oportunista, o que por vezes
caracterizou-se como perseguição religiosa.
Hoje são os nossos irmãos icemitas que sentem na pele e na face
afrontas e escárnios públicos. Quem nos garante que num futuro próximo
não será outra nomenclatura eclesiástica a passar e a provar os efeitos
de semelhante e infundada decisão judicial de intervenção, afinal o
precedente Maranata aconteceu no Brasil e por aqui o que é injusto às
vezes torna-se procedente e jurisprudente.
Há pouco mais de dois anos atrás quando surgiram às primeiras denúncias
contra alguns membros do conselho de administração da Igreja Cristã
Maranata, escrevi um artigo intitulado “Foi-se a glória”. Naquela
postagem relatei que o impacto das denúncias de desvio de dinheiro
advindas de contribuições dos fiéis da ICM resultaria em perdas
generalizadas não só para os icemitas, mas para toda a igreja evangélica
uma vez que a opinião pública classifica a todos evangélicos como os
batistas, presbiterianos, assembleianos e metodistas de crentes e ponto.
É verdade que as demais igrejas evangélicas sentiam falta da
proximidade com irmãos da ICM por conta de seu isolamento denominacional
– mas tal posicionamento não era discriminatório e sim por zelo
doutrinal e observância da tradição daquela instituição. Mesmo assim os
cristãos protestantes de fora da ICM com suas considerações à parte
sempre a elogiavam por sua administração e forma de governo liquefeita
de convergências distintas e que mesmo assim a mantiveram unida e
linearmente ao longo de seus 45 anos de história.
Infelizmente os tropeços ocorreram por alguns bodes gananciosos que
estavam no meio do grande rebanho icemita e tal comportamento
entristeceu e espalhou ovelhas, envergonhou pastores e de modo súbito
provocou pasmo nos de fora da instituição. Em contrapartida aos fatos
que se iam apurando a liderança da ICM através de seu presbitério
posicionou-se imediatamente depondo a antiga comissão com membros
comprometidos com as denúncias e elegeu através de assembléia
extraordinária de seu colegiado pastoral uma nova composição do conselho
deliberativo já no fim de 2011; dispôs-se a atender as solicitações do
Ministério Público Estadual e colabora até hoje com o andamento das
investigações no intuito de corrigir e coibir quaisquer incorreções
administrativas ou financeiras que tragam mais prejuízos a instituição.
A cronologia do suplício icemita prossegue a mais de dois anos e ainda o
MP capixaba continua recebendo denúncias, sumarizando provas,
contabilizando valores e apurando as supostas irregularidades
administrativas. De forma correlata e atendendo aos pedidos do MP, a
Justiça de nosso Estado também convocou os denunciados a prestarem
esclarecimentos, expediu mandatos cautelares de prisão, executou a
interdição da sede administrativa da Igreja, quebrou sigilo bancário,
avaliou o capital e evolução econômica dos investigados, suprimiu
poderes legais e privou acesso do novo conselho eleito ao presbitério –
este último ato foi recebido com estranheza pela sociedade capixaba e ao
mesmo tempo como extenuante da justiça frente ao bombardeio midiático
em torno do tema.
No viés da formação de opinião pública alguns meios de comunicação
capixaba se aproveitaram da situação e picharam a imagem até então
impoluta da Igreja Cristã Maranata e uma banda oportunista de
jornalistas extrapolou os direitos da imprensa livre ao manietarem e
imporem através de suas matérias todos os fiéis e líderes da ICM debaixo
da mesma acepção fraudulenta. Por fim a deflagração contra a Maranata
denotou-se como uma sensacional ação comercial de vendas de jornais em
bancas de esquina. Relegaram o dever jornalístico de não generalizar ou
faltar com isenta e sensata apuração a fim de enaltecer a razão dos
acontecimentos e inibir as vitrines dos tablóides de mexericos que
desmerecem o crédito do jornalismo da verdade.
O
que parecia improvável aconteceu e logo com a ICM que como precedente
histórico fincou o marco da primeira intervenção do Estado numa
instituição religiosa do país. O Estado com seu poder judicial assumiram
a direção da denominação evangélica e mais do que isso, a soberania
instituiu interventores, destituiu e envolveu-se por meio de seu
representante legal em questões de espiritualidade e liturgia (o que não
compete ao Estado) e quase implodiu a fé de muitos de nossos irmãos de
lá!
Decisões judiciais sem quaisquer jurisprudências
reproduziram algo parecido com o poder imperial de Constantino (III
século d.C) que através de seu édito mudou rumos religiosos da noite
para o dia não sendo ao menos clérigo; ou da impiedosa invasão selêucida
orquestrada pelo tirano Antioco Epifânio IV que invadiu Jerusalém e por
fim profanou o templo e o culto judaicos (175 a 164 a.C). Aqui da mesma
sorte promoveram sacrilégios e provocaram a profanação dos santuários
da ICM espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Indago que país é esse que
se diz democrático, que discursa pautar-se no que é bom para o coletivo,
mas diferentemente porta-se como uma monarquia austera representada
neste episódio por uma faceta de justiça partidária que relega a mais
salutar voz de liberdade, direito e cidadania constituinte?
A razão seria que a Maranata sob as asas do dito estado laico (é isso
que reza a constituição federal), em assembléia interna e em
conformidade com seus estatutos escolhesse para a fase crítica os
representantes e comissão para o enfrentamento da crise estendida e
desgastante. Nenhum crente verdadeiro da ICM e os pastores sinceros que
lá ministram sem receber qualquer salário concordam com fisiologismo
eclesiástico, fraudes financeiras, estelionatos, evasão de divisas,
formação de quadrilha e com máfias religiosas. Querem os irmãos que toda
verdade seja trazida à tona, que os responsáveis pelos crimes sejam
punidos nos rigores da reta justiça e que as somas fraudadas sejam
devolvidas à igreja. Portanto que haja respeito com a instituição e seus
membros que nada tiveram com o reprovável sistema implantado em sua
gestão financeira e administrativa.
Para a alegria do rebanho os jornais noticiaram neste dia 03/07/2013 –
não com o destaque e alarde que geralmente fazem para denegrir os
cristãos com um discurso hipócrita de que é para proteger os fiéis – que
a intervenção do Estado acabou por decisão do desembargador José Luiz
Barreto Vivas e que o conselho presbiteral instituído por eleição no fim
de 2011 volte às suas funções, exceto o único da atual composição
investigado no processo – demorou mais até que enfim o rosto da justiça
apareceu!
Que o Senhor Jesus Cristo oriente o conselho da Igreja Cristã Maranata
na retomada normativa de suas atribuições em favor de um universo
religioso de mais de 800 mil pessoas – a grande maioria de boa fé e
índole. A comunidade evangélica também celebra essa vitória icemita e na
oração comungam das mesmas súplicas e rogos em prol da grande obra do
Espírito Santo.
Sobre Silvio Santo da Costa
Nunca li nada igual, nesses meses de sofrimento na vida da IGREJA CRISTÃ MARANATA.
ResponderExcluirChorei...meu Coração que Pulsa, parte pequena desse CORPO, pôde sentir de forma mais rápida...as BATIDAS de um CORAÇÃO que só quer ver DEUS.
Continuemos a CONSTRUÇÃO...a OBRA do ESPÍRITO SANTO, em nós...NÃO pode PARAR.
Sigamos TODOS...JUNTOS.
O CÉU...é o LIMITE.
VAMOS QUE VAMOS!
Onde corre muito dinheiro acontece essas coisas, infelizmente a igreja não está imune a isto, mas ainda bem e a tempo apareceu alguma autoridade com a clareza esperada. Quanto à imprensa, ela é na sua maioria formada por ateus e não devemos levá-la em consideração. Parabéns a igreja e a você por relatalr todo alívio pela última decisão do judiciário, beijos.
ResponderExcluirQue Deus continue abençoando grandemente sua vida! Obrigado por compartilhar nosso artigo com os visitantes de seu distinto blog. Não mexeram com a Maranata, inflamaram a igreja evangélica brasileira e neste contexto, somos todos irmãos!
ResponderExcluirSÍLVIO...
ExcluirMe alegrei muito com sua presença aqui...
Amei teu texto, teu post.
Somos a IGREJA, lutamos TODOS por um ÚNICO DESTINO...o CÉU.
É isso que IMPORTA...levarmos ao MUNDO...a MENSAGEM da CRUZ...a SALVAÇÃO ETERNA...JESUS.
Cada IGREJA...com um MESMO DESTINO...o MESMO PROPÓSITO.
JUNTOS...FORMARMOS À IGREJA FIEL.
Um grande abraço.
Fica com DEUS.
A PAZ DO SENHOR JESUS AMADO IRMÃO
ResponderExcluirGostaria de parabeniza a você por está postagem, que Deus continue abençoando sua vida.
Fraternalmente,
Wallace Oliveira Cruz
BLOG BÍBLIA A PALAVRA DE DEUS
http://bibliaapalavradedeus.blogspot.com.br/